Vamos falar sobre como é feita a comida de avião! Para quem tem curiosidade em saber um pouco mais sobre o processo de fabricação e também sobre as comidas servidas em voos internacionais, hoje trago um pouquinho sobre este assunto.
Se há algo que intriga os passageiros durante um voo é a comida de avião. Servida em bandejas compactas, muitas vezes é alvo de críticas e piadas. No entanto, há um processo complexo e meticuloso por trás de cada refeição servida nas alturas. Neste artigo, exploramos os bastidores da gastronomia aérea e responder à pergunta: Como é feita a comida de avião?
Vamos combinar que comida de avião não é lá aquela delíiiicia, mas também não venha de mimimi dizer que é a pior comida da sua vida. A verdade é que as refeições servidas nos aviões são pré preparadas e então reaquecidas durante o próprio voo. E comida requentada sempre é diferente da comida fresquinha.
Planejamento do Cardápio
Antes de qualquer ingrediente ser cortado ou cozido, as companhias aéreas realizam um planejamento detalhado do cardápio. Para garantir que cada refeição seja não apenas segura, mas também saborosa, as companhias trabalham com chefs especializados, que criam menus adequados ao perfil dos passageiros e às condições específicas do voo. A escolha de ingredientes é feita levando em consideração fatores como frescor, durabilidade e, claro, as preferências culturais e dietéticas dos viajantes.
Além disso, o cardápio precisa ser equilibrado para garantir que as refeições se mantenham saborosas mesmo após serem preparadas e reaquecidas no voo. As companhias aéreas também devem pensar em opções alternativas para acomodar restrições alimentares, como pratos vegetarianos, veganos, sem glúten, kosher, halal, entre outros.
Logística e Transporte de Ingredientes
A logística é um dos aspectos mais desafiadores na preparação da comida de avião. Ingredientes frescos são enviados de diferentes partes do mundo para as cozinhas dos fornecedores de refeições aéreas. Esse transporte deve ser cuidadosamente planejado para garantir que os alimentos cheguem às cozinhas nas melhores condições, com sabor e textura preservados.
Preparação
A comida servida no avião é preparada em uma cozinha industrial instalada dentro do aeroporto. No cardápio, nada de comidas pesadas nem que deem gases e, por medida de segurança, o piloto e o copiloto nunca comem o mesmo prato.
A principal preocupação é, na verdade, a segurança alimentar. Como é servido um volume tão grande, as companhias aéreas não podem se dar ao luxo de ter coisas que não estão certas. Você pode imaginar como uma companhia aérea pode ser processada facilmente.
Então, bifes malpassados estão fora de questão. Peixe e frango devem ser cozidos na temperatura certa.
Segundo o chef executivo da empresa responsável por 80% das refeições servidas nos voos que saem do Brasil, alguns ingredientes, como peixes com espinho e carnes com osso não são usados nas preparações, tudo para manter a segurança dos passageiros durante o voo.
Normalmente, nos voos há 2 opções de refeições: uma de massa que normalmente é sem carne e uma com carne.
Dica
Neste momento, marido e eu damos uma de espertinhos e pedimos um prato de massa para mim e de carne para ele, assim, provamos ambas opções.
Como alguns dos nossos voos foram de mais de 10 horas, muitas vezes pegamos o jantar e também o café da manhã no avião.
Embalagem Especializada
A embalagem da comida de avião é outra parte crucial desse processo. Cada item é cuidadosamente embalado de forma hermética, o que ajuda a preservar os sabores e evita que os alimentos se misturem. Além disso, a embalagem precisa ser resistente e atender aos requisitos de segurança alimentar.
As refeições são embaladas individualmente, o que facilita a distribuição a bordo e garante que cada passageiro receba a refeição de acordo com sua escolha. Essa embalagem especializada também permite que a comida seja transportada e armazenada de forma segura até o momento de ser servida.
Transporte para os Aviões
Uma vez preparadas e embaladas, as refeições são então transportadas para os aviões e esse processo, por sua vez, é extremamente coordenado, garantindo que cada voo receba a quantidade exata de refeições necessárias. Durante o transporte, a temperatura das refeições é rigorosamente monitorada, de modo a assegurar que a comida chegue ao avião sem comprometer sua qualidade.
Além disso, a quantidade de refeições precisa ser precisa, levando em consideração o número de passageiros e as possíveis necessidades de refeições extras para passageiros especiais. Portanto, esse trabalho logístico envolve um grande esforço para garantir que tudo esteja pronto no momento certo.
Em todos os vôos que já fizemos, quase sempre pedimos vinho, água e café.
Como é Aquecida
Já no avião, a comida quente é reaquecida na área conhecida como galley, que é o espaço destinado aos comissários de bordo. A galley é equipada com fornos, fornos micro-ondas e outros utensílios que permitem o aquecimento das refeições de forma eficiente e segura.
Durante o voo, os comissários são responsáveis por garantir que as refeições sejam servidas na temperatura ideal, o que pode ser um desafio, já que a pressão e a umidade dentro da cabine do avião afetam o processo de aquecimento. Apesar disso, as companhias aéreas buscam garantir que a comida seja apresentada da melhor forma possível, dentro das limitações do ambiente a bordo.
Quantidade
Não ache que você vai comer horrores em um voo, mas fome você não vai passar. Além do prato principal, é sempre servido junto um pãozinho e manteiga, ou queijo, junto com a comida, tem sempre uma salada e uma sobremesa.
Você não pode pedir para repetir, mas quase todas as companhias aéreas dispõe de bolachinhas ou lanchinhos à vontade para os passageiros.
Sabor
Comida servida em avião é feita dentro uma média de gosto global, e isso acaba por ser praticamente ausência de temperos e sal.
Como já comentei, é quase impossível manter o gosto e frescor da comida nas condições de pressão, embalagem, reaquecimento, etc.
Dependendo da altitude do vôo, os níveis de umidade podem cair abaixo de 15%, com menos umidade disponível e uma baixa pressão na cabine, as papilas gustativas são muito menos sensíveis a salgados e doces, e o mais importante: você parece não sentir cheiro ou gosto da comida porque os receptores de odor não conseguem fazer seu trabalho.
Considerações Dietéticas e Restrições Alimentares
Com a crescente demanda por opções alimentares mais saudáveis e inclusivas, as companhias aéreas começaram a oferecer uma variedade de opções dietéticas. Isso inclui opções vegetarianas, veganas, sem glúten, kosher e halal, para atender às necessidades de todos os passageiros.
Essas refeições especiais são preparadas em cozinhas separadas para evitar contaminação cruzada, garantindo que as pessoas com alergias ou intolerâncias alimentares possam viajar com segurança. Além disso, os pratos devem ser cuidadosamente preparados para que atendam a todos os requisitos nutricionais, sem comprometer o sabor ou a qualidade.
A comida de avião também deve levar em consideração as preferências culturais dos passageiros. Por exemplo, em voos internacionais, é comum que as refeições sigam as tradições gastronômicas do destino, oferecendo uma experiência mais autêntica aos passageiros.
Conclusão
A próxima vez que você se perguntar “Como é feita a comida de avião?”, saiba que por trás da refeição servida a 30 mil pés existe um processo minucioso e cuidadoso. Desde o planejamento do cardápio até o transporte e aquecimento, cada etapa do processo visa garantir que os passageiros tenham uma refeição segura e saborosa, apesar das limitações do ambiente aéreo, portanto, da próxima vez que você saborear sua refeição a bordo, lembre-se do esforço que torna essa experiência possível.
