Continuando com a série de posts de entrevistas com Nômades Digitais trazemos a Mariana, do blog Quase Nômade! O intuito desta série é fazer você perceber que este estilo de vida não está tão longe assim da sua realidade e que um dia nós também tínhamos este sonho e hoje, se nós podemos realizá-lo, você também pode!
Mariana Dutra
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Porque e como você se tornou nômade digital?
Lá em 2010 eu tinha o projeto de me tornar nômade digital. Trabalhar 8 horas por dia, sempre no mesmo escritório, não fazia muito sentido para mim. Então fui aos poucos me organizando para que isso pudesse acontecer. Sempre que eu deixava um emprego, o plano voltava com mais força. Um dia, em 2014, decidi “largar tudo” para curtir uma viagem de dois meses pela Europa. Dias antes do embarque recebi o contato de um cliente, buscando um profissional remoto para trabalhar com produção de conteúdo. Resultado: trabalho com eles até hoje, além de ter somado outros clientes ao longo dos anos.
Hoje, não posso dizer que sou exatamente nômade. Acabo preferindo o termo “location independent professional”, pois tenho residência física na maior parte do ano e passo entre três e quatro meses viajando.
Qual a sua maior dificuldade após se tornar nômade digital?
Olha, organizar as finanças não foi fácil, viu? Apesar de ter clientes fixos, minha renda é muito variável e até hoje tem meses em que ganho “ok” e noutros em que sobra algum dinheiro. É difícil equilibrar as contas, mas todo profissional autônomo (seja nômade ou não) precisa aprender um pouco sobre gestão financeira. Esse ainda é um desafio que preciso transpor.
Qual a maior vantagem, na sua opinião, de ter se tornado nômade digital?
Eu sempre tive muita dificuldade de ficar pedindo coisas para os outros. Então achava muito chata a burocracia de pedir férias com meses de antecedência, me organizar para não deixar ninguém na mãe e, só então, poder viajar. O trabalho remoto me permite ir para onde eu quiser sem avisar ninguém, desde que eu tenha internet disponível. Se eu achar uma passagem interessante para viajar amanhã, é só fazer as malas e embarcar, por exemplo.
Qual conselho você daria para quem quer se tornar um nômade digital?
Pode ser um conselho que não tem relação com o trabalho em si? hehehe.
Acho que uma das coisas mais importantes nessa transição é preservar as relações que se tinha antes de virar nômade. Porque, enquanto você está em casa, em um coworking ou em um hotel na Tailândia; pode até conhecer algumas pessoas, mas são raras as ocasiões em que conseguirá fazer um amigo de verdade. E, com o tempo, a sensação de isolamento começa a pesar. Fora isso, é não descuidar da própria saúde, escolhendo lugares adequados para trabalhar, fazendo atividades físicas e dando aquela passadinha anual no médico.
Qual sua fonte de renda como nômade digital?
Eu trabalho com criação e edição de textos para duas empresas, além de manter o blog Quase Nômade, que é responsável por cerca de 30% da minha renda. Somando a isso, surgem alguns trabalhos esporádicos com conteúdo, tradução ou revisão de textos, por exemplo.