Continuando com a série de posts de entrevistas com Nômades Digitais! O intuito desta série é fazer você perceber que este estilo de vida não está tão longe assim da sua realidade e que um dia nós também tínhamos este sonho e hoje, se nós podemos realizá-lo, você também pode! Hoje trazemos o casal responsável pelo blog Malas pra que te quero – Lívia e Cadu.
Lívia e Cadu – Malas pra que te quero
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Por que e como você se tornou nômade digital?
Os motivos são muitos… mas o principal certamente foi o gosto por viajar e a flexibilidade que o nosso tipo de profissão possibilita.
Coincidentemente, nós dois crescemos em famílias que se mudavam constantemente de casa (e cidade ou estado), então a ideia de “viver no mundo” era pra nós normal, ao contrário de muita gente que às vezes sente um pouco de medo diante deste pensamento.
Há cerca de 5 anos, depois de um período mais longo em empregos fixos e presenciais, bateu essa vontade de expandir nossa experiência. Nos anos anteriores havíamos feito nossas primeiras viagens internacionais e a vontade de explorar ainda mais o mundo vinha nos acompanhando desde então.
Por conta disso, tivemos uma conversa definitiva a respeito, iniciamos o planejamento, traçamos alguns objetivos e a aventura começou.
Quais as maiores dificuldades encontradas durante o processo de transição?
O momento de transição é sempre muito cheio de ansiedade e coisas a resolver. É claro que, por um lado, a ansiedade diante do futuro desconhecido acaba sendo equilibrada pela empolgação de viver este novo também.
Mas o volume de coisas que é preciso mudar, resolver, decidir em um curto espaço de tempo antes da mudança torna este processo bem intenso.
Em primeiro lugar, é necessário se desfazer das suas coisas (ainda que elas sejam poucas), afinal colocá-las num depósito, por exemplo, não é uma opção, pois não estamos partindo para um sabático.
Optar pelo nomadismo é não ter data ou intenção alguma de voltar para seu ponto de partida.
Então a dificuldade começa neste processo de escolha entre o que você vai manter (dentro de uma ou duas malas de 23kg) e do que vai se desfazer…
Em seguida passa pelo como se desfazer…
Esbarra no planejamento financeiro, pois a gente acaba decidindo vender algumas coisas para levantar grana para as passagens e primeiras despesas…
Então, no nosso caso, foram alguns meses de bazar. Criamos um site para vender nossos itens de casa. Já as roupas levamos para brechós ou instituições de caridade.
E em paralelo a isso, existe toda a preocupação de documentação necessária para ficar fora do país, mais as providências a serem tomadas para garantir que esteja tudo certo com seus deveres no Brasil também, ou sua conta no banco, por exemplo…
Fora o planejamento financeiro… ou seja: tornar-se um nômade envolve um período inicial bem intenso.
Qual a sua maior dificuldade após se tornar nômade digital?
A vida de nômade normalmente envolve instabilidade, seja financeira ou de planejamento (qual a próxima cidade? Qual a próxima casa? Será que lá tem wi-fi? rs).
Creio que isso tem que ser bem trabalhado no período de transição. É necessário se conformar que as incertezas virão, mas existe o outro lado bom que vai compensá-las.
Qual a maior vantagem, na sua opinião, de ter se tornado nômade digital?
Nós realmente gostamos muito de conhecer novos lugares. Um dia explorando uma cidade em que nunca estivemos é a nossa grande definição de felicidade!
Então, esta possibilidade de morar em locais novos nos faz ter esta experiência em muitos momentos, seja nas cidades para onde nos mudamos, seja nas cidades vizinhas, que para nós também serão novidade.
Qual conselho você daria para quem quer se tornar um nômade digital?
Nosso conselho é refletir bastante sobre o que lhe espera e, se possível, fazer alguns test drives.
Se você nunca morou sozinho, que tal experimentar fazer isso ainda no Brasil, antes de partir para um lugar a milhares de quilômetros de todas as pessoas que poderão te auxiliar numa eventualidade?
Se você nunca trabalhou como freelancer, vale começar meses antes da tão planejada saída pro mundo. Neste período de adaptação você perceberá se a rotina de home office é sua praia ou não… se vai ser fácil conseguir novos clientes à distância ou não… e outras questões que este formato de atuação traz e que é necessário viver para entender.
Qual sua fonte de renda como nômade digital?
Nós trabalhamos juntos com web design, programação e consultoria em tecnologia.