Vamos explorar as 10 grandes tendências escolhidas pelos brasileiros para as “viagens 2026”.
Em 2026, os brasileiros parecem prontos para embarcar em uma nova fase de viagens — com mais propósito, planejamento e autenticidade. Segundo a pesquisa NowNext’25 da Omio em parceria com a YouGov, 34% dos entrevistados afirmam que pretendem viajar com mais frequência.
Esse número demonstra não apenas o entusiasmo renovado pelo turismo, mas também uma vontade de fazer dessas viagens algo significativo.

1. O Brasil como primeiro destino
A primeira grande tendência é bem clara: muitos viajantes brasileiros querem explorar mais o próprio país. Segundo a pesquisa, 74% dos entrevistados declararam que planejam viajar por destinos nacionais no próximo ano. Isso mostra um sentimento forte de redescobrimento do Brasil — um país tão vasto e diverso.
Além disso, para 50% das pessoas, viajar é uma prioridade tão importante que fica à frente de outros gastos não essenciais. Esse índice está bem acima da média global, que é de 38%.
O gerente geral da Omio no Brasil, Vitor Lalor, comenta que o potencial para turismo interno ainda é gigantesco, especialmente quando falamos de cidades fora do circuito tradicional.
2. Preocupações globais pesam na escolha
Apesar da vontade de embarcar, os viajantes brasileiros estão mais atentos ao mundo ao seu redor. 73% dos entrevistados afirmam que questões como conflitos geopolíticos ou mudanças climáticas influenciam seus planos de viagem.
Ao decidir os destinos, 28% priorizam lugares mais estáveis e seguros. Por outro lado, 25% dizem que não se importam tanto com esse tipo de cenário — para eles, o desejo de explorar segue tão forte quanto antes. Ou seja: há mais cautela, mas sem abrir mão de viajar.
A consciência e a responsabilidade começam a fazer parte do planejamento.
3. Viajante cada vez mais estratégico
Uma das transformações mais fortes é o perfil do turista como “planejador”. Em 2026, quase metade dos brasileiros, 49,9%, dizem que viajar continua sendo uma prioridade em meio a outros gastos. Alguns, 23%, estão dispostos até a reduzir despesas em outras áreas para conseguir reservar aquela viagem sonhada.
Além disso, 37% afirmam que planejam seus trajetos com antecedência, buscando as melhores ofertas. Para economizar sem perder a experiência, muitos querem viajar fora da alta temporada (27% adotam essa estratégia).
Isso mostra uma mentalidade mais calculista, mas também mais esperta — querendo usufruir das viagens sem gastar mais do que o necessário.
4. Destinos na América do Sul ganham força
Quando se fala para onde viajar, a América do Sul volta a brilhar no radar dos brasileiros. 41% dos entrevistados planejam destinos sul-americanos nos próximos 12 meses — um forte indicativo de que o continente regional tem apelo e é visto como acessível e rico em cultura, natureza e gastronomia.
Além disso, 73% das pessoas disseram que pretendem viajar dentro do país, o que reforça o protagonismo de viagens domésticas no próximo ano. Para muitos, essas viagens mais próximas oferecem uma combinação perfeita: custo mais baixo, experiências autênticas e a chance de explorar riquezas naturais e culturais locais.
Quanto a destinos fora da América do Sul, 22% dos brasileiros têm planos para a Europa, 9% para a América do Norte, e 4% para a Ásia. Mesmo com o desejo de cruzar fronteiras, há uma tendência clara de valorizar o que está mais perto — sem perder de vista o sonho de conhecer lugares mais distantes.
5. Influência do boca a boca (e da “tela”)
Para decidir para onde viajar, muitos brasileiros confiam mais nas indicações pessoais do que em algoritmos. 45% dos entrevistados afirmam que definem seu próximo destino a partir de recomendações de amigos e familiares. Esse dado destaca como a troca humana ainda é poderosa.
Por outro lado, experiências anteriores também pesam bastante: 42% escolhem com base em viagens que já fizeram. As redes sociais também têm influência: 33% dizem buscar inspiração em plataformas online.
Curiosamente, já há espaço para a tecnologia avançada: 9% dos entrevistados relataram usar ferramentas de inteligência artificial (como o ChatGPT) para buscar ideias de viagem. Além disso, 29% afirmam que séries e filmes influenciam seus destinos — um fenômeno chamado de “turismo de tela”, em que a cultura pop molda nossos roteiros.
6. Viagem de descanso: mais praia e bem-estar
Depois de um período em que muitos buscavam aventura e turismo urbano, a tendência para 2026 é desacelerar. 54% dos brasileiros indicaram que querem uma viagem relaxante, de praia ou descanso. É uma volta ao ócio consciente, com foco no bem-estar.
E não é só descanso: 58% dizem que querem voltar das férias se sentindo revigorados. Há também um desejo de autoconhecimento: 18% planejam momentos sozinhos e introspectivos, enquanto 20% querem experiências direcionadas ao autocuidado.
Essa procura por desaceleração mostra como a viagem passa a ser mais do que visitar lugares — é uma jornada interior.
7. Explorar o novo — fugir do óbvio
Uma outra frente clara para as viagens em 2026 é a busca por originalidade. 33% dos brasileiros entrevistados afirmam que querem evitar destinos superlotados e descobrir lugares menos conhecidos. Essa vontade de sair do “clichê turístico” marca uma mudança forte: o turista quer algo mais autêntico e genuíno.
Quase metade dos entrevistados (47%) disse que deseja vivenciar a cultura e a história dos locais visitados. Já 41% querem apoiar negócios locais e comunidades, o que denota uma sensibilidade social.
Embora escolhas mais “verdes” como transporte sustentável ou viagens com propósito social apareçam com menor força (19% optam por transportes ecológicos e 9% priorizam impactos sociais), elas indicam uma consciência crescente.
A tendência é de que os brasileiros que viajam em 2026 façam isso de forma mais ética e conectada.
8. Menos capitais, mais lugares autênticos
Um dado que se destaca: o charme das grandes capitais está perdendo força para destinos mais tranquilos, menos explorados e cheios de autenticidade. Em 2026, muitos brasileiros preferem ir para cidades menores ou menos turísticas.
Esse movimento tem motivos claros: 62% são atraídos por preços mais baixos, 51% querem fugir da superlotação e 44% buscam experiências culturais mais genuínas. Essa transição reflete uma mudança no turismo: dos pontos mais “vitrine” para lugares que contam histórias reais, com pessoas reais.
Essa tendência mostra que, para muitos viajantes, o valor da viagem está em vivenciar a essência do lugar, não apenas em visitar os cartões-postais mais famosos.
9. Diferentes jeitos de viajar para ela e para ele
A forma como homens e mulheres planejam suas viagens está se diferenciando. Para muitas mulheres, viajar é uma oportunidade de se reconectar com quem importa emocionalmente: 38% querem viajar com o parceiro, 27% com amigas, e 41% priorizam momentos em família.
Já alguns homens veem a viagem como uma pausa para si mesmos: 22% pretendem viajar sozinhos em busca de desconexão e silêncio, um espaço para respirar longe da rotina.
Além disso, 37% das mulheres entrevistadas disseram que querem viagens para reencontrar pessoas queridas — uma forma de colocar afeto no itinerário.
Esses perfis diferentes mostram que a viagem, para muitos, não é apenas sobre o lugar, mas sobre como se relacionar — com os outros e consigo mesmo.
10. Geração Z: viajando com intenção
A Geração Z aparece com força no cenário de viagens para 2026, trazendo um perfil mais consciente e planejado. 31% dos jovens dessa geração afirmam que planejam mais cuidadosamente para controlar os gastos. Eles combinam desejo de viajar mais (34%) com a vontade de passar mais tempo em cada destino (26%).
Além disso, sustentabilidade importa para eles: 23% planejam usar meios de transporte mais sustentáveis. Em outras palavras, para a Geração Z, viajar não é apenas sobre tirar fotos bonitas — é sobre fazer escolhas com significado, alinhadas a seus valores.
Veronica Diquattro, presidente de B2C e Supply da Omio, resume bem esse novo momento: “Nosso estudo revela uma era de viagens conscientes, inteligentes e orientadas por valores.”
Uma nova era para as viagens 2026
O panorama apresentado pela pesquisa NowNext’25 mostra com clareza que as viagens 2026 serão diferentes: mais estratégicas, mais reflexivas, mais autênticas. O brasileiro está cada vez mais disposto a descobrir o próprio país, mas também a pensar nas implicações sociais e ambientais de cada viagem.
Há espaço para o descanso, para o autoconhecimento, para a cultura local — não mais apenas para grandes atrações turísticas. E, claro, o planejamento financeiro e emocional se torna parte fundamental dessa jornada.
Se você está pensando nas suas próximas férias, essas tendências podem servir como bússola: para onde viajar, por que viajar e, principalmente, como viajar de forma que faça sentido para você.
Fonte: https://www.panrotas.com.br/destinos/pesquisas-e-estatisticas/2025/11/veja-10-tendencias-que-nortearao-as-viagens-dos-brasileiros-no-proximo-ano_223191.html






