Já passamos da metade da nossa viagem, já fazem 6 meses que estamos viajando pelo mundo e provavelmente entre 3 e 4 meses estaremos de volta a nossa cidade natal.
Nossa cabeça fervilha de idéias diferentes, começamos a conversar mais sobre o futuro, o próximo ano e quanto mais conversamos, mais confusos ficamos.
Mas, apesar de sentir saudades e muitas vezes nos sentir sozinhos, sinto que ainda não estamos prontos para voltar para casa. Ainda temos a empolgação de chegar a uma nova cidade, de conhecer um novo local, a satisfação de provar algo novo, e de nos sentir gratos por encontrar boas pessoas e fazer amigos pelo caminho.
Sinto que estamos com a síndrome FOMO, tão falada entre os viajantes: FOMO significa “fear of missisng out” ou em português: Medo de estar perdendo uma oportunidade.
Já saímos de um país com a sensação que deixamos oportunidades de conhecer algo novo para trás, já olhamos nossos (até então) 20 países conhecidos e parecem tão pouco, queremos conhecer mais, queremos sentir mais, queremos mais desse mundo!
Sabemos que voltar para casa (mesmo que por alguns meses) não será como antes. Mesmo após 6 meses, nós já não somos como antes, e sabemos que não adianta tentar explicar o que mudou, mesmo que as pessoas não percebam e nos vejam como o mesmo casal meio doido de antes, só nós saberemos, no nosso olhar, na nossa cumplicidade e em nossas conversas que já não somos os mesmos, vivemos momentos que nos tornaram quem somos hoje e que ninguém nunca irá entender, pois somente nós somos herdeiros de nossas memórias…
“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.” – Amyr Klink
Respostas de 2
Nunca morei em outro país, mas só de viajar pra vários, posso dizer que sei do que estão escrevendo e sentindo… e essa frase de encerramento é perfeita!
Bjs em vocês.
Obg pelo apoio! 😉