É engraçado perceber como as coisas mudam de um mês para o outro… O que era motivo de desconforto ou surpresa, depois de 3 meses passa a ser mais corriqueiro.
Esses dias Roger e eu estávamos conversando como essa experiência está nos mudando, mas não uma mudança física ou de personalidade, mas com certeza está mudando a forma como enxergamos o mundo.
Viajar sempre nos transforma de algum modo, e se você ainda não sentiu isso, deve estar viajando no automático, naquela loucura de fazer tanta coisa que quando chega em casa tem que descansar das férias. Não está se dando tempo para, durante a viagem, apreciar melhor o mundo a sua volta.
Quando falo em mundo, falo do nosso mundo, aquele metro quadrado que nos pertence e também no mundo ao nosso redor, esse mundo infinito que vivemos.
Cada vez mais percebemos que precisamos de menos para viver. Menos roupas, sapatos, mas também menos preocupações, menos estresse, menos apego.
No post de 2 meses eu falei que comentaria sobre resiliência e essa realmente foi uma palavra importante para nós nesses primeiros meses.
“Resiliência é a capacidade de nos adaptarmos às mudanças” e mudando de cidade, país e casa a cada 10 ou 20 dias, adaptação é o ponto chave para podermos continuar nesta vida.
Planejamos muito essa vida, mas não ao ponto de definirmos nosso dia a dia, e isso nos deixa livres para podermos sair ou ficar em casa quando queremos, sem cobranças. E isso torna tudo mais leve.
Esses dias nos perguntaram o que faremos se isso “não der certo”. Bom, primeiro precisamos saber o que é “dar certo” na cabeça de quem perguntou. Porque para nós, independente do que acontecer, só temos 2 opções: ou acertamos ou aprendemos. E em qualquer uma das opções a gente só ganha! Ou ganhamos dinheiro suficiente para nos manter na estrada pelo tempo que quisermos ou ganhamos uma experiência única e enriquecedora e voltamos para casa cheios de histórias e vivências.
Nós batalhamos para esse estilo de vida acontecer. Tivemos que perseverar, estudar e usar nossas melhores competências para conseguir realizar um sonho.
Nós tivemos que fazer (e ainda fazemos) mudanças e sacrifícios para chegar onde estamos hoje.
Não é sorte, não é fácil, mas não é, de forma alguma, algo que um dia diremos que “deu errado”.
“Sorte é o nome que vagabundo dá para o esforço que ele não fez” – Leandro Karnal.